quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Código do Linux

75% do código de Linux é escrito por programadores pagos

“Esqueçam aqueles FUDs sobre o linux ser desenvolvido por amadores anti-capitalistas. O desenvolvimento do linux tem tudo a ver com capitalismo e profissionalismo, como será mostrado a seguir. Na verdade, creio que é a primeira vez que temos um modelo de desenvolvimento de software por empresas de forma cooperativa, em que todos contribuem e todos se beneficiam em troca do que foi desenvolvido de forma cooperativa. É capitalismo puro, onde o desenvolvimento feito de forma cooperativa na verdade é mais rápido, eficiente e tem menores custos, que dificilmente uma só empresa teria condições de arcar, ainda mais em tempos de restrições orçamentárias nas grandes empresas.
Durante uma apresentação na Linux.conf.au 2010 em Wellington, o fundador da LWN.net e também contribuidor do kernel linux, Jonathan Corbet, ofereceu uma análise do código do kernel do Linux desenvolvido entre 24 de dezembro de 2008 e 10 de janeiro de 2010. (O kernel serve como base para distribuições como Ubuntu, Debian e muitas outras).
Uma enorme quantidade de código foi desenvolvida nesse período: 2,8 milhões de linhas de código e 55.000 mudanças importantes foram contribuídas para o kernel, que evoluiu da versão 2.6.28 para 2.6.32 durante este tempo. “O processo de desenvolvimento está claramente muito vivo e ativo”, Corbet, disse, observando que mais de 7.000 linhas de código são adicionadas a cada dia.
O aspecto mais marcante da análise, porém, foi de onde essas linhas de código se originaram. 18% das contribuições para o kernel foram feitas sem uma filiação corporativa específica, sugerindo esforços voluntários verdadeiros. Um adicional de 7% não foram classificadas. O restante eram de pessoas que trabalham para empresas específicas, em funções onde o desenvolvimento do código era um requisito importante. “75% do código vem de pessoas pagas para fazer isso”, disse Corbet.
Dentro desse campo, a Red Hat liderou esse gráfico com 12%, seguida pela Intel com 8%, IBM e Novell com 6% cada e Oracle com 3%. Apesar da clara rivalidade comercial entre os participantes, o desenvolvimento do kernel funcionou bem, Corbet observou.
Esses números também não incluem empresas como a Google, que contam com sistemas baseados em Linux para as suas próprias tecnologias, mas que tendem a não contribuir de volta com código para o kernel. A Google afirmou que deseja tornar-se mais envolvida no trabalho com a equipe núcleo do kernel, afastando-se da sua abordagem secreta tradicional em relação a seus próprios sistemas. “Este é um processo que muitas empresas parecem ter necessidade de passar”, disse Corbet.
Em encarnações anteriores receber suporte para dispositivos específicos embutido no kernel tem sido um grande desafio para o Linux, mas Corbet disse que o processo era agora muito mais simplificado. “O suporte de hardware é quase universal, apoiamos mais hardware do que qualquer outro sistema.”
Embora alguns dispositivos, como adaptadores de rede, ainda precisem de engenharia reversa para funcionar no Linux porque os vendedores não compartilham informações sobre sua arquitetura, Corbet sugeriu que esses exemplos eram raros e que o equipamentos alternativos eram geralmente disponíveis. “A melhor coisa a fazer é evitar esses fornecedores. Nós realmente não precisamos mais deles.”

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